Acidente doméstico: A história de Vera do blog Deficiente Ciente
A Amputação em crianças é algo que costuma assustar os pais e familiares. Porém é importante ter em mente que tudo pode ser superado. Confira a história de Vera Garcia, que perdeu o braço direito ainda quando criança. A amputação não a impediu de realizar seus sonhos.
O acidente
“Sofri um acidente dentro da minha própria casa aos onze anos de idade. Parece improvável, mas é verdade. Estava brincando de pular corda com meu irmão, quando a marquise de casa desabou em cima de mim. Fui atingida no braço direito e perna direita. Na época estava na 5ª série.
O médico disse a minha mãe que a chance de sobrevivência era mínima, pois eu havia perdido muito sangue. Foram quatro horas de cirurgia e graças a Deus consegui sobreviver.Fiquei internada durante três meses e infelizmente devido a gangrena meu braço teve que ser amputado.
Daí por diante com ajuda de Deus e da minha mãe, meu anjo, inventei mil e uma técnicas para aprender a conviver com a minha deficiência. Não foi fácil, já que da noite para o dia precisei virar canhota.
Depois da amputação
Prossegui meus estudos, optei pelo magistério e me formei professora primária. Fiz faculdade de pedagogia, prestei concurso público e consegui me efetivar como professora. No entanto, queria mais, porque para mim cada conquista é uma vitória. Fiz minha pós-graduação em Gestão Escolar , prestei novamente concurso público e atualmente sou vice-diretora de uma escola pública.
Além disso, também criei um blog para deficientes, a fim de levar mais informações.
Durante a trajetória da minha vida, tive momentos de tristezas e alegrias, derrotas e sucessos, críticas e elogios e também preconceitos. Quantas vezes queria recuar acreditando que não conseguiria, quantas vezes me senti medrosa e covarde. Contudo, quando pensava em Deus e na minha mãe, recuperava minha força e minha coragem voltava. Eu tinha uma necessidade enorme de mostrar para mim mesma e para as pessoas com quem eu convivia que eu podia superar os meus limites.
Quero dizer a você, deficiente ou não, que precisamos acima de tudo amar a vida, ser corajosos, persistentes, determinados e enfrentar de peito aberto todas as dificuldades que surgirem. Não desista nunca! O caminho não é nada fácil, mas o sabor de cada vitória é inesquecível.